quarta-feira, 23 de março de 2011

O buraco no muro


A Índia é um dos países com maior desigualdade social do mundo. Porém, também é um dos polos mais importantes de tecnologia de ponta ou artigos para computadores.

Como conciliar isso? Uma empresa indiana decidiu abrir um buraco no muro que era voltado para uma das favelas e instalou alguns computadores conectados à internet. Resultado? As crianças derrubaram anos de barreiras sociais e educacionais e simplesmente começaram a usar os equipamentos, adquirindo velozmente um aprendizado sobre como usar as máquinas, criando termos para aquilo que até então não conheciam. Um vídeo muito interessante, vale a pena conferir:




Por: Manoela Neves.

Semana da Inclusão Digital 2011

De 21 a 26 de março, o Comitê para Democratização da Informática (CDI) promove a 11ª edição da Semana da Inclusão Digital (SID), no Rio de Janeiro esse ano o tema será “Somos Todos Transformadores”.


Na ocasião, será promovido um ciclo de palestras, dinâmicas e oficinas, intitulado ABRH na Comunidade, em seis CDIs Comunidades do Rio de Janeiro. O objetivo é mobilizar a sociedade para a oportunidade que a cidade está apresentando aos seus moradores de se capacitarem e se incluírem na sociedade economicamente ativa. As atividades terão apoio de consultorias associadas e diretores da seccional Rio da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), que completa 45 anos este mês. As consultorias funcionarão como voluntárias na programação da SID.

A abertura será no dia 22, na Fundição Progresso, na Lapa, onde funciona o CDI Comunidade Francisco. Além das atividades ligadas à ABRH-RJ, será promovida uma exposição de vídeos e fotos produzidos pelos gestores, educadores e educandos do CDI em seus 18 estados de atuação. A proposta da mostra é refletir o olhar que os membros da Rede CDI têm sobre o conceito de transformação e como eles se identificam como um agente transformador.

Nos dias 23, 24 e 25 as atividades se repetem nos seguintes CDIs Comunidade:

23/03 – CDI Comunidade Asvi (Cidade de Deus) e CDI Comunidade Ceaca (Morro dos Macacos)
24/03 – CDI Comunidade ICP – Morro da Providência
25/03 – CDI Comunidade Inpar (Cidade de Deus) e CDI Comunidade Dignitá (Morros da Babilônia e do Chapéu Mangueira)

O tema "Somos Todos Transformadores" busca incentivar a capacidade que cada ser humano tem de se reinventar, mudar a própria vida e influenciar a transformação na vida de outras pessoas, da sua família, vizinhança, comunidade e da sociedade como um todo.

- Uma boa dica para quem estiver na cidade maravihosa durante 21 à 26 de março.
Por: Hugo Castilhos.

No senado, criação da Secretaria de Inclusão Digital

O Ministro das Comunicações anunciou nesta quarta feira (16/03), durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal que o Ministério das Comunicações ganhará dentro de alguns dias, a Secretaria de Inclusão Digital.


Segundo Paulo Bernardo, a Secretaria de Inclusão Digital - que conta com a aprovação da presidenta Dilma Rousseff e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - será criada para dar apoio, reforço e celeridade ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que é considerado prioridade nos projetos desenvolvidos altualmente pelo Ministério.


A quantidade de domicílios que possuem acesso à internet ainda é relativamente baixa, no geral, se comparada às residências que possuem computadores, contou o Ministro que afirma ainda que 34,7% dos domicílios brasileiros possuem computador, sendo que só 27,4% com acesso à internet, ou seja, ainda tem um intervalo aí no número de domicílios que tem computador e não tem internet, com certeza por conta do preço ou a dificuldade, em alguns casos, de falta de serviço oferecido.


A região Sudeste lidera o ranking de aquisição de computadores e de acesso à internet 43% da população possui computador em casa e desse total, 35% tem acesso à internet. Em contrapartida, a região Nordeste encontra-se em último lugar da lista com apenas 18,5% da população servida com computador e 14,4% dela com acesso à internet.


Alguns números apresentados pelo Ministro ratificam o potencial brasileiro de consumo de informação via internet já que, em 2009, a produção e venda de computadores de mesa e portáteis no Brasil ultrapassou, por exemplo, a do Reino Unido e colocou o Brasil em 4º lugar no mercado mundial; perdendo para os Estados Unidos, China e Japão apenas.


O Ministro citou ainda alguns números sobre segmentos controlados pelo Ministério como rádios, serviços ativos de telefonia móvel e fixa, além de emissoras de TV, TV digital, TV por assinatura, entre outros. Paulo Bernardo também comentou os principais projetos a serem realizados ao longo do ano pelas Comunicações que abordarão temas como inclusão digital, implatação da TV digital, apresentação do marco regulátorio das comunicações eletrônicas entre outros.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Inclusão Digital através dos Tablets

Desde que o iPad foi apresentado por Steve Jobs, eu o vi como um dispositivo que poderia fazer a diferença para milhões de pessoas. Não exatamante para mim, pois ainda não achei necessário entrar nesse mundo. E nem com aquele papo marqueteiro de “mágico e revolucionário”, já que os profissionais de mídia e publicidade são os mais adeptos à novidade. Mas sim, como uma ferramenta de inclusão digital.


De um modo geral, donos de iPad já tiveram algum contato com produtos da Apple, como Macs, iPhones ou iPods e conhecem a filosofia da fabricante, que une simplicidade, intuitividade e beleza. Junto ao grande público leigo, goste-se ou não do tablet, a percepção é que o dispositivo é um extra ao PC ou ao smartphone; ainda não vi nenhum formador de opinião atestar que o produto pode substituir tudo isso.


No Brasil não é muito diferente, com o agravante de se enxergá-lo como um brinquedo de luxo, voltado para pessoas mais preocupadas com status que produtividade. Depois do período de 6 meses de “experimentação”, onde o iPad reinou sozinho com absoluto sucesso no mercado, outras fabricantes passaram a apostar no conceito. Uma imensa tela, sensível ao toque, rodando um sistema operacional móvel, que é bem mais fácil de usar que o dos PCs convencionais. A grande verdade é que a concorrência demorou a se mexer porque ela mesma não apostava no sucesso de uma nova e desconhecida categoria de produto. Durante todo o ano de 2010, o iPad provou que não é apenas uma febre: empresas e veículos de comunicação passaram a apostar na novidade, fornecendo aplicativos do iPhone adaptados à telona. E a demanda só cresce.


Há 2 públicos negligenciados, de imenso potencial e que podem se beneficiar com os tablets mais que qualquer outro: crianças e idosos. Por menor e mais simples que um laptop ou netbook seja, ele roda um sistema operacional que dá mais trabalho que um sistema móvel. Boot longo, instalações complicadas, excesso de menus, alertas pop-up esquisitos, antivírus, antispyware, desfragmentação, limpeza de disco, etc etc etc. Vamos combinar: só nerd faz essas coisas e ainda sente prazer…


Já um tablet exige uma linha de aprendizado bastante enxuta, não se tornando empecilho para crianças, jovens e idosos. Eles podem se tornar uma ferramenta educacional valiosíssima, ainda mais numa época em que tudo que é digital colabora como motivador para o aprendizado. Para os idosos, uma maneira de manter contato com a família e amigos, além de uma ferramenta de leitura e pesquisa.
Um vídeo no YouTube ficou famoso, mostrando uma senhora de 99 anos, com visão limitada, interagindo com um iPad e mostrando como ele se tornou precioso:





No Brasil a história ganha novo contorno. Assim como nos demais países emergentes, o primeiro contato das pessoas com o mundo digital se dá através de plataformas móveis ao invés de fixas. O Brasil é um país geograficamente gigante e cheio de reveses topológicos. No momento, discute-se as novas medidas de inclusão da população à banda larga. Há alguns anos, os PCs e laptops ganharam incentivos fiscais que os tornaram mais baratos, ajudando a popularizá-los, mas atualmente, o que é um PC desconectado?


O tablet entra aqui como um curinga. Minimalista, simplificado, e ainda por cima pode acessar a internet por banda larga fixa (através do wifi) ou móvel (através da tecnologia 3G). Tecnicamente é perfeito para promover a inclusão digital, mas esbarra no preço. O “custo Brasil” envolve custos altos com pessoal, infraestrutura e até status, mas uma política renúncia fiscal ajudaria bastante.


A presidente Dilma mostrou que á fã dos tablets, e mostrou-se disposta a popularizar o dispositivo. Resultado: o governo já estuda maneiras de diminuir custos e promover a fabricação em território nacional. E o ministro Paulo Bernardo, que esteve na Campus Party, disse que a medida está sendo avaliada, e que definirá detalhes como configurações mínimas e o preço máximo — ressaltando que deverão ter acesso à internet. A intenção é classificá-los como PCs e aproveitar a isenção de 9,75% de IPI, PIS e Cofins garantida a desktops e notebooks no programa “Computador para Todos”.


Os fabricantes aprovam a discussão, e empresas como a Positivo Informática (que já se mostrou disposta a entrar nesse segmento) poderão criar tablets a preços mais acessíveis.
Agora é torcer para que a idéia decole. Mais do que um modismo ou mero bem de consumo, dispositivos móveis conectados hoje são sinônimo de conhecimento, informação e interação.



Por: Hugo Castilhos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Internet Explorer 9

A Microsoft apresentou ontem a versão final do navegador Internet Explorer 9.O browser, compatível apenas com os Windows 7 e Vista, já foi liberado para download em 40 idiomas, incluindo o português.


O browser, que teve em sua fase de testes 40 milhões de downloads, chega totalmente renovado e preparado para ser integrado ao Windows 7. Não à toa que a principal novidade do Internet Explorer é a possibilidade de transformar alguns sites em aplicativos, como se fossem programas instalados no Windows.


As redes sociais, Twitter e Facebook, por exemplo, já usam o novo recurso do IE9. Portanto, basta o usuário arrastar os ícones desses sites (que aparecem na barra de endereços) para a barra de tarefas do Windows que, automaticamente, eles viram apps. Ao clicar com o botão direito do mouse em cima dos ícones, os internautas têm acesso aos recursos do Twitter e do Facebook sem a necessidade de entrar no site.




Interessado em baixar e usar a versão final do IE9? Acesse www.internetexplorer9.com.br e faça o download.

Jogos sociais, a nova tendência digital


O assunto do momento são os jogos sociais. Os números falam porque. Quem usa o Facebook, ou já experimentou, ou ficou curioso pra saber o que tanto a tal da fazendinha prende a atenção da galera.
O FarmVille, da Zynga, tem 78 milhões de usuários ativos mensais, e se somarem todos os joguinhos do grupo, chega a 235 milhões. Com essa quantidade de gente engajada, a empresa chegou a ser cotada por mais de $4 bilhões. Para uma empresa com menos de 4 anos de vida, não é nada mau!
O Facebook sozinho, oferece mais de 100 jogos diferentes que contam com pelo menos 1 milhão de usuários ativos. É interessante notar que o público não envolve somente crianças ou adolescentes, muitos adultos também estão viciados nos joguinhos.
A questão é saber o retorno que os games tem gerado aos produtores , já que em boa parte deles é possível jogar de graça. As produtoras alegam que, enquanto a maioria espera pacientemente para passar de fases e marcar pontos, uma minoria paga em dinheiro "real" para acelerar seus resultados.
É dinheiro vivo comprando produtos essencialmentes virtuais. A estratégia é estimular o jogador a comprar a todo momento, condicionando as fases à compra de objetos ou ao compartilhamento de ações com seus amigos.
Outra forma de se ganhar dinheiro com eles é com a venda de publicidade. O "Colheita Feliz" do Orkut mostrou como. Há alguns meses, O Mini Bis disponibilizou uma semente azul, que era cultivada pelos usuários e virava uma árvore de chocolate que tinha de ser protegida contra o roubo dos vizinhos. Dessa forma, além de fortalecer o Branding eles também trabalhavam o conceito do Bis que é "Desconfie de todos".


E você, curte algum jogo social? Conte pra gente!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Os Três Pilares da Inclusão Digital

Nos últimos anos, tem sido apregoado aos quatro cantos do Brasil a necessidade de se fazer a inclusão digital para aqueles indivíduos que não têm acesso às tecnologias de informação e comunicação ou simplesmente TIC’s, como são mais comumente conhecidas. Três pilares formam um tripé fundamental para que a inclusão digital aconteça: TIC’s, renda e educação. Não é difícil vaticinar que sem qualquer um desses pilares, não importa qual combinação seja feita, qualquer ação está fadada ao insucesso. Atualmente, segundo o Mapa de Exclusão Digital divulgado no início de Abril/2003 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) juntamente com outras entidades, aproximadamente 12% dos brasileiros têm computador em suas residências e pouco mais de 8% encontram-se conectados à Internet. Até quando continuará a inépcia do governo brasileiro? (se é que ‘ele’ tem qualquer real intenção de promover a inclusão digital).
As TIC’s têm causado mudanças significativas em toda a sociedade. No âmbito empresarial, as modificações decorrentes das TIC’s têm:
*         propiciado ambiente competitivo as mais variadas instituições, inclusive as não tradicionais;
*         promovido o declínio de custos de processamento;
*         motivado a erosão geográfica e de produtos;
*         influenciado o planejamento e redesenhado organizações.
As TIC’s possibilitam a melhoria de qualidade em diversos aspectos dos negócios. Pode-se ainda destacar a promoção de produtos bem como uso de novos canais de venda e distribuição, possibilitando novas oportunidades de negócios. É inegável as alternativas oferecidas.
Agora, se mudarmos nosso foco de empresas e instituições para indivíduos, é visível que a maioria da população brasileira, i.e. aproximadamente 90%, encontra-se excluída do desfruto das tecnologias da era digital. Para termos uma idéia da quantidade de excluídos, basta responder a perguntas simples como, por exemplo: Quantos brasileiros possuem computador pessoal em suas residências? Quantos possuem linha telefônica? Até bem pouco tempo atrás, era ínfima a quantidade de pessoas que tinha telefones em suas residências. Tudo isso em razão da necessidade que antes se tinha de comprar a linha telefônica. Anteriormente, o indivíduo tinha de comprar uma linha e, além disso, recebia ações da empresa que comercializava as linhas telefônicas. Com a reformulação do sistema brasileiro de telecomunicações, esse modelo antigo deixa de existir e, hoje em dia, o cidadão simplesmente solicita a instalação de uma linha e paga pela assinatura mensal e uso que faz da mesma.
Atualmente, embora o brasileiro possa dispor desse recurso e facilidade, caso esse indivíduo faça um uso modesto da linha telefônica para ter acesso a Internet, além de algumas ligações telefônicas ao longo do mês, tal uso resultará numa conta telefônica com valor mensal entre R$ 40,00 e R$ 50,00. Isto tudo considerando que ele tenha acesso a Internet através de algum provedor gratuito, dentre vários existentes. Adicionalmente, se o indivíduo quiser ter acesso a Internet, ele precisa dispor de um computador pessoal o qual tem um custo de, aproximadamente, R$ 1.300,00. Se o indivíduo optar por financiar a compra do computador em 24 pagamentos, ele irá pagar uma prestação com valor médio de R$ 95,00, resultando num custo total de R$ 2.280,00 (o qual compreende aproximadamente 10 salários mínimo).
A exclusão sócio-econômica desencadeia a exclusão digital ao mesmo tempo que a exclusão digital aprofunda a exclusão sócio-econômica. A inclusão digital deveria ser fruto de uma política pública com destinação orçamentária a fim de que ações promovam a inclusão e equiparação de oportunidades a todos os cidadãos. Neste contexto, é preciso levar em conta indivíduos com baixa escolaridade, baixa renda, com limitações físicas e idosos. Uma ação prioritária deveria ser voltada às crianças e jovens, pois constituem a próxima geração.
Um parceiro importante à inclusão digital é a educação. A inclusão digital deve ser parte do processo de ensino de forma a promover a educação continuada. Note que educação é um processo e a inclusão digital é elemento essencial deste processo. Embora a ação governamental seja de suma importância, ela deve ter a participação de toda sociedade face a necessidade premente que se tem de acesso a educação e redistribuição de renda permitindo assim acesso as TIC’s.
Ações de inclusão digital devem estimular parcerias entre governos (nas esferas federal, estadual e municipal), empresas privadas, organizações não governamentais (ONGs), escolas e universidades. Governos e empresas privadas devem atuar prioritariamente na melhoria de renda, suporte à educação bem como tornar disponíveis equipamentos à população. Algumas ações que podem ser promovidas pelos governos e empresas privadas incluem:
*         Disponibilizar acesso a terminais de computadores e correio eletrônico a toda a população;
*         Oferecer tarifas reduzidas para uso dos sistemas de telecomunicações;
*         Criar mecanismos de isenção fiscal, sem muita burocracia, para o recebimento de doações de computadores e equipamentos de infra-estrutura.
Essas ações per se não são suficientes. É ainda necessário o desenvolvimento de redes públicas que possibilitem a oferta de meios de produção e difusão de conhecimento. As escolas e universidades constituem também componentes essenciais à inclusão digital uma vez que diversos protagonistas (professores, alunos, especialistas membros da comunidade) atuam em conjunto para o processo de construção de conhecimento. Note que os três pilares do tripé da inclusão digital devem existir em conjunto para que ela ocorra de fato. De nada adianta acesso às tecnologias e renda se não houver acesso à educação. Isto porque o indivíduo deixa de ter um mero papel ‘passivo’ de consumidor de informações, bens e serviços, e então passa também a atuar como um produtor (de conhecimentos, bens e serviços).
É também imperativo que a inclusão digital esteja integrada aos conteúdos curriculares e isto requer um redesenho do projeto pedagógico e grade curricular atuais de ensino fundamental e médio. É pré-requisito considerá-lo também na formação de profissionais dos cursos de Pedagogia, Licenciaturas e similares.
Os indivíduos, que por condições de insuficiência de renda, não têm como dispor de computador e linha telefônica em casa, poderiam ter a exclusão atenuada, caso tenham acesso através de empresas, escolas ou centro de cidadãos. Esses recursos destinariam-se prioritariamente àqueles  que não têm acesso em suas residências. Vale ressaltar que este tipo de solução tem natureza paliativa. Adicionalmente, poderíamos ainda considerar o uso do software livre em computadores o qual seria sem qualquer custo. Entretanto, deve-se considerar a facilidade de operação, suporte e manutenção existentes. Ademais, há ainda demanda reprimida de usuários de sistemas de telecomunicações, especificamente, o sistema de telefonia fixa que pode e precisa ser expandido a fim de prover a população com esse serviço básico além de permitir que ela tenha acesso a Internet.
O Brasil tem condições de superar esse atraso e as vicissitudes existentes. Todavia, para que isso de fato ocorra, é preciso começar a fazê-lo hoje, ou melhor, ontem. Do contrário, as gerações vindouras continuarão com elevado índice de excluídos da era digital. A inclusão digital tem um tripé que compreende acesso a educação, renda e TIC’s. A ausência de qualquer um desses pilares significa deixar quase 90% da população brasileira permanecendo na condição de mera aspirante a inclusão digital. Dentro deste contexto, considera-se que a inclusão digital é necessária a fim de possibilitar à toda a população, por exemplo, o usufruto dos mais variados serviços prestados via Internet. Hoje em dia, ter acesso a Internet significa acesso a um vasto banco de informações e serviços. Este imenso repositório de conteúdo e serviços merece e deve ser utilizado por toda população brasileira. É preciso que o governo, como principal protagonista, assuma o papel de coordenador e atue em conjunto com sociedade civil organizada a fim de assegurar o tripé da inclusão digital.

Por: Manoela Neves.